Um espaço onde os alunos do JARDIM DE INFÂNCIA DE TREMOCEIRA manifestam as suas opiniões, gostos, curiosidades; relatam as suas vivências e descobertas, tal como pequenos "jornalistas" em acção, numa janela muito grande aberta para o Mundo
"Esta experiência foi muito fixe. Vi que as águas sujas podem ficar mais limpas.
Primeiro sujámos um bocadinho de água com terra, folhas e lixo que estava no chão.
Depois cortámos uma garrafinha e virámos a ponta para baixo. Pusemos lá dentro algodão e areia da praia. A Ju até disse que era algodão doce!
Despejámos e ... magia! Aquela água ficou mais limpa, depois de passar por ali.
Quando despejamos água suja para os rios, isso é poluição; os peixes morrem e depois já não conseguem ir para debaixo de água...ficam a boiar. Isso é mau para a saúde.
Eu fiz esta experiência em casa. (A Graça deu areia... algodão não foi preciso, porque eu tinha em casa.) Correu bem, mas era água a mais e saíu um bocado por fora. A água ficou mesmo mais limpa!" LAURA (4 anos)
Colocando um espelhinho totalmente dentro de um recipiente transparente com água e inclinando o espelho...a magia pode acontecer!
Aí está ele, o arco-íris invertido, no teto da nossa sala de atividades!
Mas também foi possível projetar e descobrir noutros locais a decomposição da luz branca do sol (que afinal está sempre a brincar ao carnaval, porque anda disfarçada de branca, mas tem 7 cores dentro dela!...)
Que maravilha, não acham? E depois, para não esquecer, os Pequenos Jornalistas foram ilustrar um arco-íris de acordo com as cores na posição em que as estavam a ver. O giro é que na mesa onde fizeram esse trabalho, o chapéu de chuva arco-íris da Carolina foi aberto, criando outro momento muito especial. Obrigada Carolina por nos emprestares sempre o teu guarda-chuva!
Muitas gotas de água evaporaram e foram parar à tampa fria do tacho condensando-se e pingando como chuva!
As gotas de água que pusemos dentro da frigideira estavam no estado líquido. Com o bico do fogão acesso (que simbolizava o sol), essas gotas aqueceram e evaporaram; ficaram no estado gasoso. Mas quando encontraram a tampa fria do tacho (que simbolizava o céu alto e frio) condensaram-se e voltaram ao mesmo estado do princípio; o estado líquido outra vez! E é sempre a mesma água que sobe e desce!
É assim o ciclo da água no nosso planeta!
Tínhamos conseguido fazer chover dentro da cozinha!
Experimentem também nas vossas cozinhas! É tão giro!
Depois desta experiência conhecemos a história da Gotinha Cristal e fizemos a expressão dramática da história improvisando adereços com panos grandes de cores diversas (azul esverdeado do rio, branco da nuvem, amarelo do sol, cinzento e preto para a mudança de cores da nuvem, o chapéu arco-íris da Carolina!...). Foi mais um dos Momentos Felizes que pudemos viver em conjunto, descobrindo e conhecendo o Mundo de uma forma envolvente...
Os Pequenos Jornalistas já sabem que a água é transparente; não tem cor, nem deve ter sabor nem cheiro, para ser água pura.
Mas descobriram que a água pode "ganhar" cores diversas! Neste dia juntaram à água algumas gotas de corante alimentar que serve para colorir os cremes dos bolos. E assim ficaram com água nas seguintes cores:
_E se fizessemos barquinhos com esta água?
Estranharam a pergunta...por isso expliquei: se conseguirmos que esta água fique sólida e nela fixarmos um mastro com uma vela...talvez possamos ter um barquinho! Querem experimentar?
E foi assim que viram um barquinho de água no estado sólido flutuar, até a base começar a se derreter e transformar de novo em água no estado líquido. Brincadeiras efémeras...
E se plantássemos alfaces na areia da praia que está na nossa caixa de areia? Será que se regássemos também cresciam como na terra da horta? E qual das alfaces cresceria mais depressa?
Fizemos uma actividade experimental, partindo destas interrogações.
Arranjámos dois vasos iguais; num colocámos terra da horta e no outro colocámos a areia da praia que fomos buscar à nossa caixa coberta, que está no recreio.
A seguir plantámos uma alface em cada vaso e demos a mesma quantidade de água a cada uma; usámos para isso um copinho de vidro onde colocámos uma marca feita com uma tirinha de papel autocolante.
Fizemos registos do que cada um pensava que iria acontecer e verificámos que haviam opiniões diversas.
Tínhamos que esperar que os dias passassem e tínhamos que observar e registar semanalmente o que íamos observando!...
Assim fizemos, num quadro de duas entradas. Eis o resultado:
Foram evidentes as diferenças no crescimento das duas alfaces. A que foi plantada na terra da horta ficou rapidamente com mais e maiores folhas, estando os vasos sempre lado a lado e mantendo-se a rega igual para as duas alfaces.
Então percebemos que a terra da horta tem nutrientes que são assim uma espécie de alimentos bons para as plantas, ao passo que a areia da praia não os tem...é mais pobre e por isso as plantas crescem menos na areia.
O terreno onde são plantadas as plantas, influencia o desenvolvimento delas!
Olhando a água parada na caixa de areia, alguns Pequenos Jornalistas viram folhas a flutuarem; elas tinham que ser retiradas, para não entupirem o funil que tínhamos no bidão de recolha da água da chuva.
Partindo dessa situação, foi lançado o desafio: vamos trazer diversas coisas de casa, para experimentarmos e verificarmos se flutuam ou se afundam!
Assim foi; havia muitas coisas que vieram de casa para experimentarmos: castanhas, batatas, pinha aberta e pinha fechada, esferovite, tampa de garrafa, folhas verdes, pedra grande e pedra pequena, sementes de abóbora, um dinossauro , tangerina, carro do homem aranha, copo de plástico, boneco de plástico, pêra, laranja enorme, uvas.
Fizemos o registo do que achávamos que ía acontecer e depois comparámos com o que aconteceu.
Por vezes os Pequenos Jornalistas ficaram mesmo admirados com o que observaram.
Foi o caso da laranja e dos bagos de uva.
Para tentarmos entender o porquê dos factos que observámos, fomos investigar um pouco na Internet.
Encontámos este sítio AQUI que nos diz (em Português do Brasil) que o afundar ou o flutuar dos objectos depende da sua densidade e não do seu peso nem do seu tamanho. Se for mais denso do que a água, afunda; mas se for menos denso do que a água, flutua!
Por isso a laranja enorme flutua e os bagos de uva, mais pequenos afundam-se; eles são mais densos do que a água.
O ar que existe dentro das coisas também as ajuda a flutuar. Descobrimos isso quando mergulhámos as 3 castanhas e uma delas flutuou. Ela tinha um buraquinho; a Graça apertou e vimos bolhinhas de ar a sairem de dentro dela; largou-a, e imediatamente ela se afundou, juntando-se às outras duas no fundo da taça de vidro.
Esta actividade prática foi muito do agrado dos Pequenos Jornalistas, tendo sido prolongada pelos dias seguintes...
Lei da Acção-Reacção: "Para cada acção há sempre uma reacção oposta e de igual intensidade" ou seja, sempre que um corpo exerce força sobre outro, esse também exerce uma força sobre o primeiro.
As forças de acção e reacção são iguais em intensidade e direcção, mas possuem sentidos opostos.
Esta é a 3ª lei de Newton, que podemos experimentar neste pequeno exemplo com 5 bolinhas suspensas (tal como 5 bagos de milho ou 5 espigas), arrastando-as para sentidos opostos.
Querem experimentar?
Para saberem mais sobre o cientista Isaac Newton, cliquem AQUI.
Acompanhar e ver a germinação do feijão, ao mesmo tempo que os feijões na horta se transformavam em feijoeiros debaixo da terra, foi o objectivo desta actividade.
Três feijões foram mantidos num algodão húmido; dois entre o vidro e o algodão e um por cima do algodão.
Observámos e descobrimos que :
Passados três dias 2 já tinham raízes e 1 largou a casca do feijão; uma semana depois já tinham caules verdinhos e as duas partes de um feijão começaram a abrir-se para de lá de dentro começarem a espreitar as primeiras folhinhas.
Um feijão desenvolveu-se mais rapidamente do que os outros. O que estava só por cima do algodão não perdia a casca nem criava raízes como os outros;
Com 12 dias já se viam perfeitamente as duas folhinhas. Fomos medir; chegava aos 15 centímetros!
Até o coelhinho da Páscoa ficou contente ao descobrir como estava a crescer tanto este feijoeiro!
E cada um ao seu ritmo e conforme as condições, assim se desenvolveram estes e todos os feijões que a avó Luísa nos deu...!
Não é assim também connosco?