Fomos visitar a olaria artesanal do Senhor Manuel Carreira e a olaria tradicional do Senhor José Alves dos Santos. São as duas em Tremoceira e ambos nos receberam muito bem, facto que desde logo tivemos oportunidade de agradecer. Fizemos então uma "reportagem" fotográfica que agora iremos partilhar convosco.
"Fazer frigideiras de barro é um pouco difícil... eu vi o Senhor Manuel e a Graça a fazer uma frigideira, mas a primeira que a Graça fez parecia um prato! À segunda já saiu bem! A fazer a pega da frigideira é que deve ser difícil..."
AFONSO CUSTÓDIO, 5 anos
"O barro estava lá fora num buraco e depois a Catarina Marto pegou na enchada e fez...parecia que era o senhor Manuel.
Ele tinha lá muitos tachos de barro que brilhavam, mas só brilhavam por dentro! Por fora não. A Graça disse que tinham sido vidrados p’ra se poder lá pôr a comida.
Algumas coisas de barro ainda não brilhavam...Havia bilhas, assadores de castanhas, fogareiros,mealheiros...
Depois fomos comprar loiças de barro pequeninas para mandar para os amigos da Polónia. Estavam lá umas senhoras a pintar coisas de barro. Estavam a fazer flores azuis e tinham um risquinho roxo.
Também havia outros desenhos. Havia corações, galos, letras que diziam Portugal..."
VALTER (5 anos)
Esta chaminé "gigante" existe na Tremoceira, embora já não seja utilizada regularmente...
Num outro dia voltámos à olaria artesanal do Sr. Manuel e vimos as loiças de barro a secarem, todas muito arrumadinhas ao lado umas das outras, em filas.
É que depois de uns dias a secarem à sombra dentro da olaria, têm que ser cozidas num forno, onde são muito bem arrumadas. Quando o forno está cheio, então tapa-se a entrada dele com outras loiças e umas telhas já usadas mais vezes para esse efeito; por isso estão tão mascarradas de preto...!
Só depois se aquece o forno usando muita lenha a arder por baixo do sítio onde está toda a loiça arrumada. O Sr. Jorge, filho do Sr. Manuel está a fazer esse trabalho, que no Verão deve ser muito difícil...